sábado, 7 de julho de 2012

LIMITE: o "abraço" que está faltando.




O limite geralmente está associado a algo negativo, ao castigo, algo que tolhe e ameaça a criança. No entanto, precisamos mudar a nossa forma de olhar esse conceito e aprender a conviver melhor e sem culpa com a noção de limite. O limite, na verdade, serve para proteger a criança de seu próprio descontrole. A criança muitas vezes não é capaz de sozinha dar conta de seus impulsos e confia aos pais ou responsáveis essa delicada tarefa. Vamos pensar no  limite como aquilo que abraça, acolhe e defende a criança do que ela ainda não é capaz de enfrentar, dos perigos do seu mundo interno e externo. Sem esse "abraço", vem a sensação de insegurança e desamparo, o que pode ser interpretado mais tarde, na adolescência, como falta de amor, interesse e até mesmo como uma forma de abandono.

BIRRA: "Eu quero porque quero!"




Com o passar dos primeiros anos, a criança vai ganhando autonomia e descobrindo que também possui desejos e vontades. Assim, começa a testar o poder dos pais e a reação do mundo a seu redor. Nessa fase, algumas crianças costumam reagir de forma agressiva e inadequada quando contrariadas, expondo, muitas vezes, os pais a situações delicadas e embaraçosas. É o que chamamos de birra. A birra é a dificuldade de aceitar um limite, de lidar com a frustração. A criança nessa fase ainda não tem maturidade para conseguir o que quer de uma maneira mais adequada. Os pais ao atenderem ao desejo da criança a partir de um comportamento de birra acabam reforçando as próximas crises. O melhor meio de desarmar a birra é NÃO atender a nada que for solicitado pela criança através dessa estratégia. Nós, adultos, precisamos ser firmes e constantes, conversando com a criança, permitindo assim que ela descubra novas formas de expressar seus desejos, necessidades e emoções.