Hoje, estou um pouco saudosa do meu filho Rafael. Ele foi para a casa da namorada passar "uns dias" por lá. Senti que foi um pouco diferente das outras vezes. Levou uma verdadeira mudança. Fez até supermercado. Acho saudáveis e necessários estes ensaios. Como ondas, vão e voltam. Vão e voltam. Vão e voltam... Às vezes serenos, outras vezes, nem tanto. Até que chegará o dia de ir e assumir definitivamente o desejo de ficar, não mais voltar e começar uma nova vida. Filhos crescendo, filhos crescidos... Daqui a pouco será a Rebeca. Esta, eu acho, fará voos mais longos. Pensa em estudar fora ao concluir a faculdade. Falta pouco. Gabriel, nosso caçula, provavelmente nos acompanhará por mais alguns anos, mas também, com os seus quatorze anos, já tem seus amigos, seus gostos e afazeres. E assim, aos poucos, a casa vai ficando silenciosa, mas um silêncio que não dói, pois existe um pedaço de cada filho em cada lugar e a certeza de suas presenças em nossas vidas. De repente, volto ao tempo, vinte e cinco ou trinta anos atrás, e recordo os muitos dias em que ao chegar do trabalho e abrir a porta, encontrava a casa do mesmo jeito que a tinha deixado, exatamente igual. Ninguém para mexer, nada fora do lugar, a casa sempre impecável... Prefiro minha casa hoje, meio bagunçada, livros espalhados, cheia de barulho, risos e vidas que circulam. Sem esquecer dos três gatos. Ah, gatos! kkkkkk E assim, mais um ciclo de minha vida vai se fechando para dar espaço a desafios e novas descobertas. Novos sonhos vão chegando, ocupando espaços, tomando forma e dando um novo sentido à vida. O importante é saber valorizar cada fase, vivê-la intensamente e não permitir que ninguém, ninguém mesmo, roube a sua alegria e vontade de viver. Escolher ser faliz, sempre e apesar de... Esta sempre foi e continuará sendo a minha melhor escolha.
Para trocar experiências sobre a arte e o desafio de criar filhos nos dias de hoje.
sexta-feira, 21 de abril de 2017
sábado, 4 de março de 2017
Palmada, NÃO!

Pais seguros não precisam usar este recurso. A necessidade de limite é indiscutível, mas existem outras formas de exercer a autoridade sem precisar bater numa criança. O limite é estruturante. O amor, o diálogo e o carinho também são. Bater deixa marcas, não só no corpo, mas, e principalmente, na alma e na vida. Você que apanhou de seus pais pode achar que saiu ileso. Sorte sua. Infelizmente, muitas crianças saem da infância com marcas profundas e carregam com elas estas marcas para sempre. Muitos pais, com a autorização da sociedade, acabam descarregando seus traumas e o estresse do dia a dia em seus filhos, com um total descontrole de suas emoções e de sua força física, com a justificativa da "palmada educativa", chegando mesmo a machucar a criança. Neste momento, não existe ninguém capaz de medir e avaliar a raiva, a força e o descontrole desses pais. Ninguém para defender ou socorrer os pequenos do abuso que muitos pais cometem. Muitas crianças chegam aos hospitais carregando marcas e ferimentos sofridos dentro de suas próprias casas. E o lar que deveria ser o lugar mais seguro e os pais que deveriam ser os maiores defensores de seus filhos passam a ser, em alguns casos, seus verdadeiros algozes, usando a autoridade paterna para justificar atitudes insanas. Ninguém poderá testemunhar e garantir o que acontece verdadeiramente, dentro de quatro paredes, entre um adulto e uma criança. Muitas crianças se calam por medo, mas dão sinais claros de pedidos de socorro. Cabe à sociedade compreender estes sinais, fazer esta leitura e oferecer à criança a ajuda que ela precisa para que possa crescer feliz e em segurança, sem esquecer que os limites, quando bem colocados, fazem parte desse processo.
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