O abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes é um assunto polêmico, delicado e doloroso principalmente para aqueles que viveram esta experiência em suas próprias vidas ou como pais, na vida de seus filhos. Os pais ou responsáveis precisam estar muito atentos às mudanças bruscas no comportamento das crianças. A criança e o adolescente nos sinalizam de várias maneiras que estão precisando de socorro. Podemos aqui citar alguns indicadores comportamentais em crianças que podem estar sofrendo abuso sexual:
- Culpa e autoflagelação.
- Medo ou pânico de certa pessoa ou quando é deixado sozinho em algum lugar com alguém.
- Medo de escuro ou de lugares fechados.
- Regressão a comportamentos infantis, como choro excessivo sem causa aparente, enurese (xixi na cama) e chupar dedos.
- Mudanças extremas, súbitas e inexplicáveis no humor.
- Ansiedade generalizada, comportamento tenso e sempre em estado de alerta.
Porém, precisamos ter um cuidado especial ao avaliarmos esta situação. Nem toda alteração no comportamento do seu filho significa que ele está sofrendo abuso ou sendo vítima de exploração sexual. É necessário, antes de tudo, conhecermos bem a criança, estarmos sempre atentos, assim poderemos reconhecer e interpretar mais claramente o que ela quer nos dizer através destes sinais. Normalmente, o agressor é uma pessoa próxima, que tem a confiança da criança e da família e, muitas vezes, está dentro da nossa própria casa. Através de brincadeiras e jogos de sedução atrai a atenção da criança e, aos poucos, sem usar da violência física, convence a vítima a fazer o que ele quer. Depois, utiliza-se de ameaças e chantagens para conseguir o silêncio de sua "presa". As crianças amedrontadas e tomadas por um enorme sentimento de culpa temem falar aos pais e guardam este doloroso segredo com medo de serem castigadas. Ao desconfiarem que algo de errado está acontecendo com seu filho, os pais precisam inicialmente dar garantia à criança de que ela não sofrerá nenhum tipo de punição ao contar a verdade. É importante que o agressor seja identificado e denunciado o mais rápido possível para evitar novos casos de abuso. As crianças também precisam ser orientadas, mesmo ainda pequenas. Odívia Barros, 33 anos, lançou no ano passado "Segredo Segredíssimo", o primeiro livro infantil no Brasil a abordar a questão da pedofilia, causando muita polêmica. Com este livro, a autora pretende desmistificar o tabu de tratar do assunto ainda na tenra idade. Segundo ela, é importante que orientemos as crianças já a partir dos cinco anos, "ou os abusadores continuarão chegando primeiro".
"Fingir que não vê, não resolve o problema".
DENUNCIE. DISQUE 100.
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