sexta-feira, 11 de maio de 2012

A minha casa "desabou". E agora?




Quando os pais decidem se separar, a maior preocupação normalmente é com os filhos. O que dizer? Como contar? Qual o melhor momento? Antes de tudo, é importante que os pais estejam seguros da decisão tomada. Não devem passar para as crianças as suas dúvidas e inseguranças. A comunicação deve ser feita de preferência pelos dois, de forma clara e simples. Dependendo do nível de maturidade da criança, os pais podem ainda esclarecer as  perguntas acerca dos motivos que levaram os dois a tomarem esta decisão, sem precisar necessariamente entrar em detalhes ou fazer julgamentos. Este diálogo é importante para que a criança possa de fato compreender o que está acontecendo. Neste momento difícil e tão delicado, os pais muitas vezes escondem ou mascaram a realidade criando explicações ou justificativas que, na maioria dos casos, mais confundem do que esclarecem à criança: “o papai viajou” ou “a vovó está doente e por isso o papai (ou mamãe) mudou para a casa dela”.  Sabemos que a criança, mesmo pequena, é capaz de perceber e sentir quando algo estranho está acontecendo na família. Nas brincadeiras, é comum simbolizar a separação dos pais através da destruição ou do desabamento da casa e algumas vezes chega a verbalizar: “A minha casa desabou. E agora?” A fantasia vai muito além e o que a criança é capaz de imaginar pode ser pior do que aquilo que está realmente acontecendo, gerando assim um forte sentimento de angústia, medo e insegurança. No pensamento da criança, da mesma forma que o pai saiu de casa, a mãe também pode ir embora. E quem cuidará dela? Será que continuará morando na mesma casa, estudando na mesma escola, vendo os amiguinhos? Estas são questões que normalmente povoam o pensamento da criança trazendo sofrimento. O melhor é conversar com o filho o mais cedo possível, esclarecendo todas as suas dúvidas, procurando tranquilizá-lo quanto ao que irá acontecer e como será a sua vidinha dali pra frente. Assim, pais e filhos, mesmo separados, poderão vencer as “tempestades” e os “furacões”, mostrando à criança que ainda é possível reconstruir a casa, a vida e voltar a ser feliz.

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